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Georgia? Sério?

Atualizado: 21 de out. de 2019

De fato, diferentemente de Orlando, Nova York, ou Las Vegas, a Georgia não é, nem de perto, um destino de férias considerado seriamente por turistas estrangeiros. Muito menos quando o assunto é turismo de pesca ou turismo de aventuras.


O que os turistas estão perdendo, eles não sabem. Na verdade, até os turistas locais e mesmo os moradores deste estado do sul dos Estados Unidos, muitas vezes ignoram as mil maravilhas do tesouro natural que abrigamos aqui. A diversidade geológica, a rica fauna e flora local, a preservação do meio ambiente, e o fácil acesso a maioria das atrações naturais fazem da Georgia um estado que deve ser explorado por qualquer amante da natureza.


Um exemplo, semana passada fomos acampar no Cohutta Wilderness, ao norte do estado, beirando a divisa com o Tennessee. O Cohutta Wilderness, com uma área de aproximadamente 150 km quadrados, é a maior área selvagem da Georgia e recebe aproximadamente 60 mil visitantes todo ano, a maioria deles interessados em fazer trilhas, acampar, visitar cachoeiras ou pescar. Enfim, voltando ao assunto, poucas horas após montar barraca, o céu começou a roncar, e uma chuva fina que começava a cai aos poucos foi engrossando, e assim foi pelas próximas 12 horas. Foi aí, na manhã do dia seguinte, que resolvemos desmontar acampamento e voltar para casa.


Saindo do camping, ainda com chuva, avistei o que parecia um cachorro preto atravessando a estrada de terra da esquerda para a direita. Diminui a velocidade do carro e foi aí que percebi que se tratava de um filhote de urso pardo. Quando dei conta, o urso já havia desaparecido na mata, pela borda direita da estrada. Além deste urso, um bando de perus selvagens também fizeram parte de nossa partida chuvosa do camping.


Ainda no caminho de casa, por ironia do destino, a chuva havia parado, e resolvemos fazer uma trilha de 6 km à pé para visitar umas cachoeiras, e quem sabe tentar a sorte com a vara de pesca com mosca. A trilha toda, muito bem sinalizada, e o visual de tirar o fôlego. Quando chegamos ao topo da cachoeira, apenas uma pessoa se encontrava lá, sentado na beira da queda d'água e pensando em não sei o que. O resto, tranquilidade total. Para minha tristeza não fisguei nenhuma truta, apenas os pequenos "redeye basses" que lutam valentemente por qualquer tipo de alimentação. Esta espécie de bass não costuma passar dos 50 cm de comprimento, e em média medem uns 20cm.


Voltando para o pé da trilha, em uma das diversas travessias do rio, pisei em uma das pedras cobertas de lima, e em poucos segundos me vi sentado dentro do rio. Após verificar que estava ainda inteiro e com a chave do carro ainda pendurada no pescoço, embora levemene molhada, desci o resto da trilha até o carro. Só para então descobrir que havia perdido meus queridos (e caros) óculos de sol do Costa del Mar. Minha esposa, perguntou se eu não os havia perdido durante a minha queda no rio. Na dúvida voltei correndo pela trilha até o ponto fatídico da minha queda ... não acreditei ao encontrar meus óculos intactos, debaixo d'água, com as lentes protegidas pelo grosso limo das pedras e sendo seguro pelas mesmas. Voltei feliz da vida! Por ter achado meus óculos e por ter desfrutado deste lindo paraíso que eu nunca havia ouvido falar até pouco tempo atrás, e há apenas duas horas de distância de casa.



São estes os tipos e tesouros que muitos estão perdendo, bem aqui, na Georgia!

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